




A INSERÇÃO DA TECNOLOGIA NO PROCESSO CONSTRUTIVO
Há cerca de 30 anos recebemos em nossos escritórios de arquitetura nos quatro cantos do mundo um dos softwares mais revolucionários da área construtiva. Sim, estamos falando do AutoCAD – CAD: computer aided design ou desenho auxiliado por computador (livre tradução) – sistema mais conhecido para elaboração de desenho 2D e produção de modelos tridimensionais. Hoje, encontramos o software em quase - se não todos – os computadores de arquitetos e urbanistas e estudantes da área, mas tê-lo como sócio na hora de produzir os desenhos técnicos não foi tão fácil assim. O software precisava conquistar os escritórios, os arquitetos e o espaço na informática da época, é o que veremos a seguir.
A situação da informática ainda não era tão estável nos escritórios há 30 anos, não era tão acessível como nos dias de hoje e vários fatores justificam a falta de aquisição de produtos informáticos, como: altos preços dos computadores, a interface pouco atrativa e a baixa produtividade. Estes fatores somados a pouca propensão à mudanças da construção civil dificultaram, e muito, o processo de inserção dos sistemas informáticos no processo de produção construtiva.
A partir de 1982, quando a Autodesk começa a comercializar o AutoCAD começa-se o processo de implementação do sistema nos escritórios e a relação DESENHO X INFORMÁTICA é feita para se repensar o processo produtivo. Com uma lenta implementação e rápida evolução, o CAD deixa uma pulga de desconfiança atrás da orelha dos envolvidos no processo de produção construtiva. Para a academia, o CAD delimitaria o traço, que poderia coibir com a criatividade e para os escritórios ainda se tinha um estranhamento com a utilidade, e a visão de que o computador serviria apenas para a administração de projetos e não no processo produtivo era bem disseminada.
Esse período de adaptação começou a criar uma maturidade nos usuários e abriu espaço para que a inovação trouxesse resultados no mínimo aceitáveis de avanço. Porém, a ruptura entre desenho à mão x CAD não foi rápido. No meio acadêmico, esse processo do desenho a mão anterior ao CAD foi sendo subestimado, e considerado um processo de “passar a limpo”, provocando o surgimento do “cadista”.
Cada dia a informática ganhava mais espaço nos escritórios, e começou a se tornar uma sócia do arquiteto e não mais uma ferramenta de desenvolver projetos apenas.
O uso da informática trouxe várias vantagens como:
♦ a visualização tridimensional facilitada;
♦ a simulação;
♦ a virtualidade do desenho que antes era feito no papel.
Além dessas vantagens, ainda surge os renders que simplificam e muito os projetos 3D dando ganho de tempo e o desprendimento de tempo atividades pouco criativas e tediosas dentro do escritório. Nessa área tridimensional, com o desenvolvimento dos programas para 3D, vemos a divisão em duas áreas:
♦ BIM (Building Information Modeling);
♦ Vetoriais (AutoCAD, Rhinoceros, 3D Max).
Inserida no processo de produção 2D, 3D e ainda no gerenciamento de obras, o computador agora não é apenas um receptor mas sim um produtor e extensor da capacidade criativa do criador. E no meio criativo, temos a interferência da programação que ocupa espaço na arquitetura contemporânea relacionando-se com a geometria. Graças à programação, nos dias contemporâneos o homem consegue medir temperatura exterior e interior de um edifício, a ação do vento, radiação soltar, materiais específicos, entre outras ferramentas.
E o avanço não acaba, ainda hoje temos aplicativos para sistemas Android que se envolvem em muito no processo de produção e manutenção das cidades e dos projetos urbanísticos, e o que se espera é cada vez mais desenvolvimento informático para melhorar a concepção de arquitetura e urbanismo no mundo.
FONTES:
aU: Projeto assistido por computador